FICHAMENTO 01: Por Giovanna Borges Lago.
ARAUJO DE OLIVEIRA, Roberval. A
Matrix da LE no Brasil: a legislação e a política do fingimento. Instituto
Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.
"Em um estudo de caso sobre a realidade do professor de ILE em
Porto Velho, Gurgel (2009) faz um relato das condições de trabalho nas escolas
públicas daquela capital. Nos depoimentos dos professores que informaram ao
estudo de Gurgel, é patente a consciência do descaso do poder público tanto
para com a estrutura das escolas como para com a especificidade do ensino de
LE";
"Os PCN's (Brasil, 2000) concebem "a LE como parte
indissolúvel do conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante
aproximar-se de várias culturas e, consequentemente, propiciam sua integração
num mundo globalizado [...] Mas será que ela se consuma na escola
frequentada pelo estudante brasileiro? De fato, não. O panorama que se verifica
é de uma realidade muito atrasada em relação à legislação.";
"Ao afirmarem que 'a concepção da área resulta de um arranjo
estrutural que respeita a diversidade de cada disciplina, mas trata a
aprendizagem dos conceitos de cada uma de forma convergente e passível de ser
conduzida integralmente' [...] advogam a interação entre as disciplinas
componentes da área de linguagens e entre esta e as demais áreas entre si. No
entanto, os professores de escola pública não dispõe de tempo remunerado para
projetos interdisciplinares. A filosofia de que o trabalho do professor se
reduz a 'dar aula' ainda impera em nossa cultura."
"Os PNCs criticam as abordagens tradicionais centradas no ensino da
língua formal e prescrevem 'uma modalidade de curso que tem como princípio
geral levar o aluno a comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações
da vida cotidiana'. Como pode o professor de LE de uma escola pública promover
o desenvolvimento de competências supralinguísticas, quando suas condições
de trabalho não permitem sequer o desenvolvimento das competências
linguísticas que alicerçam as demais?"
"Os fins da educação e da escola pública desdobram-se de maneira
que os dos cursos livres não o fazem. Esse desdobramento certamente não
justifica a negligência com o ensino das competências linguísticas. No entanto,
dado que os cursos livres restringem-se a ensinar as competências
metalinguísticas, sociolinguísticas e, no máximo, estratégicas, e dado que não
buscam inserir essas competências no bojo da formação geral de alunos, seu
trabalho torna-se consideravelmente mais alcançável. A escola regular, por
outro lado, tem esse papel. Se ela o cumpre é outra questão."
"A relevância da interdisciplinaridade para a compreensão de que o
conhecimento não deve ser compartimentado mas, sim, interligado, e a necessidade
dos múltiplos letramentos exigidos pelo mundo atual. [...] A oferta de língua
estrangeira não deve pautar-se apenas pelas necessidades do mercado de trabalho
ou no contexto sociocultural imediato. Ela deve contemplar, também, os projetos
pessoais do indivíduo, [...] oferecer um leque mais amplo de oportunidades de
aprendizagem para que o indivíduo busque a formação que deseja, [...] a
modalidades de aprendizagem que não se atenham ao espaço físico e à ritualidade
da sala de aula."
O QUE EU APRENDI COM ESSE TEXTO?
Pode-se observar através do PNCs e leis relacionadas à educação pública
no Brasil uma grande incoerência, visto que a suposta "realidade"
apresentada pela legislação não se assemelha à realidade das escolas públicas
atualmente. O autor deixa claro que existem outros fatores que colaboram para a
negligência do ensino de língua estrangeira nas escolas públicas, como, por
exemplo, a má formação de professores (devido a fatores externos ou por
incompetência por parte dos professores em relação a buscar o conhecimento para
que possam tornar-se canais efetivos entre a língua estrangeira e os alunos).
Mas o principal tópico analisado é a "Matrix" do ensino segundo a
legislação, ou seja, o fingimento, em que na teoria, nas leis as questões estão
claras e as soluções para os problemas no ensino e aprendizagem já foram
estabelecidas, porém, sabe-se que isso não passa de uma mentira ao nos
depararmos com a situação nas escolas públicas.
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FICHAMENTO 02: Por Vanessa Marchiotti
ALMEIDA FILHO, JCP. A questão da
Língua Estrangeira moderna no currículo da Escola de 1ª Grau. São Paulo:
Revista Interação, vol. 15, 1985.
"O professor de Língua Estrangeira sabe a língua que ensina? A
questão da instrumentalização da Linguística"
"(...) O ensino da LE tem se dado sem um mínimo de resultados.
(...) Comumente, o professor não fala, pouco lê, não escreve e nem entende a LE
de sua habilitação quando em uso comunicativo. O que ele mal e mal pode fazer é
estudar um "ponto" e passá-lo, ainda que deformado pela
simplificação, aos seus alunos. O salário precário também impele esse professor
a se dividir entre vários empregos em numerosas aulas semanais que, mesmo um
professor bem formado e trabalhando em condições favoráveis, não conseguiria
manter em bom nível"
"As escolas, mesmo as mais sofisticadas, ainda sequer cogitam
exigir formação profissional especializada de seus professores (...). Resta
saber como se sai a Prática de Ensino. (...) A julgar pelo que observamos
continuamente nas escolas da Rede Oficial, o grosso dos professores não têm
conseguido uma formação profissional sequer razoável."
"O ciclo vicioso que se auto-abastece na formação insuficiente do
professor na universidade, que engrossa a delibilidade escolar do alunado e que
por fim volta a alimentar a universidade, precisa ser substituído por um
circulo virtuoso novo. (...) Para as LE, seria adequado, se bem que
provavelmente não suficiente como medida inicial, o ataque a questão de duas
frentes simultaneamente: primeiro, a área acadêmico-universitária no âmbito da
Pratica de Ensino na Licenciatura (que refina não só a instrumentalização linguística
específica como também a pedagógica), e, segundo o ataque à seara de trabalho
do professor já formado que deve se reabilitar em serviço para o exercício do
ensino da LE por muitos anos ainda."
"Propomo-nos a explicitar [... o preparo desse professor de LE no
que se refere especificamente à sua capacitação de uso linguístico no dia a dia
escolar. Investigamos com esse propósito, alguns aspectos que dessem a
conhecer, entre outras coisas, quem é esse professor de LE na escola
secundária, o quanto e o quê fala."
"Através de um questionário dirigido aos professores de LE em
exercício na Rede Oficial, levantamos dados quanto ao perfil dos professores,
usos da LE na sala de aula e uma auto-avaliação de sua proficiência na
língua-alvo. (...) Com um tempo de trabalho médio em torno de 5 anos, menos de
um terço dos professores inquiridos passou por qualquer
tipo de curso de aperfeiçoamento ou extensão depois de formados. Mesmo
com esse reduzido arsenal de complementação e atualização, mais de 90% desses
professores ainda pensa que o professor de LE deveria falar sí essa língua em
sala de aula se as condições fossem ideais."
"No exercício da função docente de professor de LE, a grande maioria
(mais de 95%) dos professores descreve as suas necessidades de dominar o inglês
da seguinte maneira: "É necessário falar e compreender a língua com
desembaraço, ter conhecimento de gramática e pronúncia razoável"."
"Indagou-se dos professores a frequência com que concretizavam um
elenco de possíveis tarefas comunicativas. Sempre, ou pelo menos
frequentemente, se utilizam da LE para cumprimentar, despedir-se, fazer
correções oralmente, ler exemplos em voz alta. (...) Para dar explicações
didáticas na LE, os professores apontam que o fazem somente "de vem em
quando", "raramente" ou "nunca". (...) Essa baixa
frequência no uso da língua para atividades que iriam requerer um comando mais
firme no idioma estrangeiro só confirma as limitações do instrumental do próprio
professor de LE."
"Nas duas habilidades coordenadas da fala e compreensão de
linguagem oral, perto de 80% dos professores da amostra se acham "capazes
de perceber o sentido de fala simples", capazes de falar sem tropeços
constantes sobre tópicos preparados e de usar expressões comuns que permitam
comunicação elementar na língua com pronuncia razoavelmente inteligível para o
falante fluente. Nas habilidades coordenadas da leitura e escrita, perto de 3~4
da população se acha apenas razoável.
"Dentro do quadro adverso de ensino em nossas escolas públicas, a
disciplina de LE apresenta acentuado índice de degenerescência. Dentre muitos
os fatores que concorrem para isso se incluem o desinteresse político governamental,
a precária formação teórica e a capacidade de utilização da língua-alvo do
próprio professor.(...) Os professores de LE são em geral conscientes de suas
limitações linguísticas."
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FICHAMENTO
03: Por Jenny
Yoshioka
GIMENEZ, T; JORDÃO, C.M;
ANDREOTTI, V. (org). Perspectivas
Educacionais e o Ensino de Inglês na Escola Pública. Pelotas: EDUCAT, 2005.
“Este estudo é fruto de
dissertação de mestrado e relata as percepções que professores de Língua
Inglesa, alunos e gestores escolares têm sobre o processo de
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa em uma escola pública de grande porte,
situada na região de Maringá, Paraná.” (p. 143);
"(...) Adotando instrumentos de coleta de
dados de cunho etnográfico, a pesquisa desenvolveu observação participante
durante 6 meses no ano de 2001, para caracterização das condições físicas da
escola, sua evolução histórica e proposta pedagógica (Taveira, 2001).” (p 143);
“Tílio concluiu que as atitudes
dos professores são fortemente moldadas pela tradição histórica do sistema
educacional e o ambiente no qual foram formados, bem como pelo local onde
trabalham.” (p. 144);
“(...) o grau de interesse por
uma língua estrangeira e sua cultura entre professores e alunos e sua motivação
para estuda-la, em muito dependem do valor que ambos dão a este estudo, no que
se refere à necessidade futura.” (p. 145);
“(...) como afirma Kosumen (1994,
p. 248), os professores muitas vezes entendem novas diretrizes curriculares
como uma série de instruções ou uma estrutura na qual as autoridades os obrigam
a planejar o ensino, o que os leva a se estabelecer no sistema curricular.” (p.
145);
“(...) a maioria dos licenciados
em Língua Inglesa prefere escolher outros campos de atuação mais promissores
que o ensino.” (p. 146);
“A pesquisadora também afirma que
80% dos professores participantes de pesquisa (...) em 1989 indicavam a
habilidade oral como sendo a sua maior necessidade de aprimoramento
profissional.” (p. 146);
“(...) A pesquisadora, ao antever
a intenção governamental de lançar em breve um plano de impacto que visava
melhorar a proficiência linguística dos professores de Língua Inglesa do
estado, já temia a má interpretação de dados fornecidos por pesquisas, ou como
então afirmava, que um professor com proficiência linguística não seria
necessariamente a única condição para a aprendizagem de Língua Inglesa no
contexto da escola pública.” (p. 146 e 147);
“(...) Durante o período de
aproximadamente dois anos buscou-se o aprimoramento linguístico como principal
forma de mudança no ensino de Língua Inglesa, ainda que a melhoria da
aprendizagem daquela língua estrangeira dependa de fatores outros além da
competência comunicativa do professor.” (p. 147);
“Em 2002, nosso trabalho (Perin,
2002) procurei resgatar a necessidade de se estudar de forma ampliada, e sob a
perspectiva dos participantes (alunos, professores de Língua Inglesa e gestores
escolares), como o processo de ensino/aprendizagem de Língua Inglesa é
percebido na escola pública.” (p. 147);
“(...) os sentidos atribuídos ao
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa pelos membros da comunidade escolar foram
categorizados em: 1) importância de se aprender a Língua Inglesa; 2) status da
disciplina na escola; 3) condições reais de ensino/aprendizagem de Língua
Inglesa; e 4) condições ideais para que tal processo ocorresse de forma
efetiva.” (p. 147 e 148);
“Especificamente, a pesquisa
procurou caracterizar o contexto de atuação dos professores de língua inglesa,
ou seja, a escola, o espaço físico onde o processo de ensino/aprendizagem de
Língua Inglesa ocorre, através da sua descrição, além da análise de sua
proposta pedagógica e dos relatos de sua história (Alves, 2001).”;
“(...) Com a triangulação dos
dados obtidos com a equipe administrativa e pedagógica da escola, com os
professores e alunos, procurou estabelecer as percepções dos diferentes
envolvidos no processo de ensino/aprendizagem de Língua Inglesa.” (p. 148);
“Constatou-se que dentro do
contexto da escola pesquisada especificamente (...), a posição socioeconômica
de grande parte dos alunos (considerada elevada perante outras escolas públicas
da região) o fator gerador do desinteresse em aprender a Língua Inglesa em
escola pública, já que muitos podem frequentar cursos de idiomas fora da
escola. Além disso, revelou-se uma clara distinção entre alunos dos turnos
diurno e noturno dentro da instituição, acreditando-se estarem os últimos em
posição social e econômica inferiorizada, (...).” (p. 149);
“Apesar de reconhecerem a
importância de se saber Inglês, os alunos tratam o ensino de Língua Inglesa na
escola pública ora com desprezo, ora com indiferença, o que causa, na maioria
das vezes, a indisciplina em salas de aula (...). Este processo evolui também
em mão-dupla, ou seja, o desinteresse dos alunos faz com que mesmos não
percebam a evolução dos conteúdos, (...).” (p. 150);
“‘Aqui você não aprende muito.
Você tem noção mais ou menos, das palavras, como é que se pronuncia, mas
aprender, aprender mesmo, não. Tem algumas palavras que a gente fala, fala
certinho, mas não sabe o significado da palavra. (Aluno, Ensino Médio).’” (p.
150);
“O resultado final não pode ser
evitado: o professor trabalha com a sensação de que o aluno não crê no que
aprende (...). Por outro lado, os alunos mostram-se cientes de que o professor,
(...), não se sente à vontade para ‘cobrar’ os alunos dos conteúdos de forma
mais efetiva, por estar consciente do provável fracasso dos mesmos.” (p. 150);
“(...) a escola (que já não conta
com espaço físico adequado para o ensino de línguas para um número elevado de
alunos) não pode interferir nas contratação e escolha dos profissionais para
atuarem na área de Língua Estrangeira e, por sua vez, não se sentem
responsáveis pela má-atuação de alguns de seus professores.” (p. 151);
“(...) Este trabalho
individualizado produzido pelo entra-e-sai de professores faz com que um
programa progressivo para a disciplina não seja desenvolvido, causando em
grande parte dos alunos e em alguns gestores escolares a sensação de não
progressão e continuidade dos conteúdos. (...).” (p. 151);
“(...) Este desinteresse
demonstrado por alunos e alguns dos membros da comunidade escolar convive em
descompasso com o esforço para ensinar de algumas professoras e as suas
próprias expectativas de aprendizagem por parte dos alunos.” (p. 152);
“(...) A busca de uma solução
definitiva para a questão torna-se necessária, bem sabemos, mas deve ela também
ser mais profunda, mais sistemática, não apenas tratar de aspectos superficiais
como a falta de competência linguística do professor, mas situar este mesmo
aspecto em conjunto com os demais que compõe a realidade atual e a partir de um
estudo abrangente procurar por soluções que produzam efeitos mais duradouros e
efetivos.” (p. 153);
“(...) Acredita-se, no entanto,
que a competência linguística considerada insuficiente não seja a única causa
para o desempenho considerado insatisfatório do professor em sala de aula, e
consequentemente, pela falta de interesse do aluno em aprender a Língua Inglesa
efetivamente na escola pública.” (p. 154);
“Volta-se a questionar os motivos
e as razões – já levantados por outros ‘regimes de verdade’ (Cameron, 1992),
que apontam para outras explicações para o nível de ensino de Língua Inglesa
nas escolas públicas estar como está (...).” (p. 154);
“Qualquer proposta de melhoria do
ensino/aprendizagem de Língua Inglesa deveria primeiramente analisar a escola
como um todo, contemplando a tudo e a todos os que formam a cultura escolar no
trajeto. Qualquer forma de intervenção deve ser avaliada de forma ponderada,
não advindo apenas de resultados de testes, mas principalmente da prática de
sala de aula, da real aprendizagem dos alunos.” (p. 155);
“Deve-se evitar, como adverte
Zeichner (1999) os programas de formação de professores que consideram a
prática da formação de professores como se fosse uma entidade homogênea.” (p.
155);
“Espera-se que as percepções de
alunos, professores de Língua Inglesa e gestores escolares possam reforçar os
dados já revelados em pesquisas outras sobre a sala de Língua Inglesa, e de
forma mais ampla possam considerar a cultura de aprender/ensinar a língua
inglesa, buscando contribuir na proposição de condutas efetivas que realmente busquem
a melhoria do atual quadro da realidade da disciplina na escola pública.” (p.
156).
O
QUE APRENDI COM ESSE TEXTO?
Este texto serviu para reforçar a
ideia que as pessoas têm ao aprender o inglês: pensando na necessidade futura.
E a informação dada pela pesquisadora sobre o grau de interesse estar
diretamente relacionado ao valor que conferem à necessidade de se estudar a
língua inglesa foi também muito pertinente, em especial porque vemos isso muito
presente tanto em escolas privadas quanto públicas, embora nesta última o
interesse varie bastante de grau.
Também me chama a atenção a que
Kosumen afirma sobre as novas diretrizes curriculares, que a meu ver, não devem
ser vistas como instruções impostas e obrigatórias, mas mais com um objetivo de
guiar o professor, não limita-lo.
Um trecho que me chamou a atenção
dizia que a maioria dos licenciados em LI preferem campos mais promissores que
o ensino. O termo “promissor” empregado me deu a ideia de que o ensino não é
valorizado do modo que deveria. O ensino ser valorizado por todos me parece
algo idealizado, visto por este ponto, até mesmo por aqueles que seguem essa
área. Por isso que o que acontece é que os professores, no geral, acabam cada
vez mais se distanciando de sua área ou trabalhando tanto para compensar a
falta de reconhecimento, que não conseguem continuar crescendo academicamente,
se é o que desejam, e ao mesmo tempo continuar se esforçando para que os alunos
se interessem e aprendam efetivamente.
O fato de tomar a falta de
proficiência linguística como fator que impede a aprendizagem efetiva é
“enxergar” a situação apenas de um lado, porque há uma série de outros fatores.
Fatores estes como a importância de se aprender a língua atribuída por todos a
quem esse assunto diz respeito, como alunos, professores de LI e gestores, é
apenas um dos fatores, entre eles o modo como a língua é vista, seu status, as
condições reais de ensino e as condições ideais para esse processo também
exercem sua parcela de importância. Considerando esses fatores, podemos ter uma
visão mais ampla da situação, como a autora explicita.
De certa forma, tudo é muito
interligado. A parte econômica como um fator que influencia no interesse dos
alunos, que por sua vez, demonstram esse interesse ou a sua falta em aula, o
que acaba afetando os professores de LI, que diante desta situação, agem de uma
forma que talvez afetem os poucos interessados, se ver que boa parte da turma
não divide da mesma opinião que a minoria. Esta situação é cíclica, um afeta o
outro, um causa o outro.
Também a sensação que os alunos
têm de estar estudando o ‘verb to be’, situação que é tão recorrente, agora
compreendo que essa situação é advinda da grande rotatividade de professores
que, mais uma vez, é consequência da falta de engajamento e o estabelecimento
em escolas, devido às jornadas de trabalho, à procura das tais áreas mais
promissoras e etc. Mais uma vez, é como se os fatores fossem dominós, um caindo
e causando a queda do outro, coisa que ocorre sucessivamente.
E a proposta de se analisar a
escola como um todo, que a intervenção não deve ser advinda apenas por
resultado de testes, mas de fato na prática em sala de aula. Mais propício do
que aplicar um método que em teoria daria certo, mas quando posta em prática
não. Assim como a formação de professores não deve ser considerada algo homogêneo,
pois na prática é necessário considerar as situações diversas a que estão
submetidos. Como Gimenez (1999) disse, é necessário um “olhar reflexivo” sobre
a escola, sobre a sua disciplina e as práticas pedagógicas desenvolvidas.
O que compreendi ao fim de minha
leitura é que não são as pessoas de fora, mas sim aquelas envolvidas no campo
escolar, cujas perspectivas são importantes para entender a situação como um
todo, que contribuirão para compor meios de tornar a cultura de
aprender/ensinar a LI efetiva nas escolas públicas, além de também, como o
texto afirma, mudar o quadro da realidade da disciplina nesse ambiente.
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FICHAMENTO
04: Por João
Lucas
BOHN, Hilário I. Os aspectos 'políticos' de uma política de
ensino de línguas e literaturas estrangeiras. Linguagem & Ensino, Vol.
3, No. 1, 2000 (117-138)
RESUMO: A definição de uma
política de ensino de línguas estrangeiras é uma tarefa complexa. Envolve
inúmeras questões e exige a participação de professores, linguistas aplicados,
pesquisadores, administradores, líderes comunitários e autoridades do governo.
Este trabalho aborda o problema da definição de uma política de ensino de
línguas no país. As noções de estruturas de poder econômico, ideológico e
político são definidas e discutidas em relação à atual rede global de poder. A
análise mostra que o poder ideológico político desempnha um papel subordinado
nas atuais relações nacionais e internacionais de poder. Como consequência, as
prioridades econômicas, de produção e de lucro, ditam os objetivos da educação
nas escolas, ignorando valores humanos como a tolerância, a cidadania, a
expressão e variedade culturais. Este trabalho propõe que professores e
linguistas aplicados, ao sugerir uma política nacional de ensino de línguas,
devem desenvolver uma vontade política nacional pelos objetivos de uma política
de ensino de línguas estrangeiras e, através de ação e participação política,
convencer as lideranças comunitárias, educacionais e governamentais do valor
educacional e profissional da aprendizagem de línguas estrangeiras. O trabalho
termina chamando a atenção dos leitores para o perigo de as autoridades
'venderem' a aprendizagem da língua estrangeira para organizações comerciais
privadas.
PALAVRAS-CHAVE: Língua
Estrangeira, Política, Ensino, Aprendizagem
- "Já é tempo de enxergar o
que está acontecendo, e reconhecer que quase todos sairiam ganhando se os
governos nacionais e os estabelecimentos de ensino, além das empresas
internacionais, adotassem o inglês como segunda língua. (...) O reconhecimento
formal do inglês como língua franca mundial não seria uma imposição, mas uma
resposta tardia a uma demanda internacional". (Christian Tyler, Gazeta
Mercantil, Caderno, 17/04/98)
- "[...] o assunto
"política de ensino de línguas e literaturas estrangeiras" é vasto e
inclui conceitos como nação, governo, legislação, cultura, identidade,
desenvolvimento educacional, dominação, desigualdade, ideologia, política
internacional, colonialismo, exploração, ética, formação do professor, educação
continuada, necessidades de uso, comunicação, avaliação, habilidades linguísticas,
objetivos de ensino, teorias de aprendizagem, metodologias de ensino, pesquisa
interdisciplinar, etc."
- "Entre estas salientamos
as implicações políticas das políticas linguísticas; direitos linguísticos dos
falantes; o reconhecimento das línguas e dialetos minoritários, inclusive as
línguas de sinais e as línguas indígenas; níveis de competência linguística a
serem desenvolvidos; a universalidade e a validade nacional de uma política
linguística; a necessidade de explicitar políticas linguísticas, etc."
- "A clássica definição de
política nos foi legada pelos antigos gregos através da obra de Aristóteles
"Política". De acrodo com Bobbio et al. o conceito política é
"Derivado do adjetivo originado de polís (politikós), que significa tudo o
que se refere à cidade e, consequentemente, o que é urbano, civil, público, e
até mesmo sociável e social, (...) (1983, p.954)"
- "O conceito de política
como práxis humana está, no entanto, intimamente relacionado com a noção de
poder. Isto é, quem faz política exerce o poder [...]"
- "Para o Príncipe (Cf.
Maquiavel, em O Príncipe) significa conseguir vantagens sobre os seus
subordinados. Aristóteles já havia chamado atenção para isso em sua discussão
sobre a noção de "poder deturpado". Segundo o mesmo autor, o objetivo
de toda política, no entanto, é "viver bem"
- "Outro aspecto importante
a considerar são os tipos de poder que a literatura apresenta. Entre estes
mencionam-se frequentemente o poder paterno, econômico, ideológico e o poder
político."
- "O poder político é
normalmente relacionado na literatura com a força física [...] e são utilizados
por grupos de pessoas para perpetuarem os seus privilégios, interesses e
vantagens."
- "É o estado abrindo mão de
seu poder político e de suas responsabilidades com os seus cidadão, É o próprio
estado isentando-se de sua obrigação de coordenar as atividades da sociedade,
delegando esta prerrogativa ao poder econômico, abandonando assim, o indivíduo
aos interesses deste mesmo poder e enfraquecendo o poder ideológico e
político"
- "As consequências desta
aliança - poder ideológico, político e econômico - este último subjugando os
outros poderes, para o mundo, e mais especificamente para o Brasil, são na
verdade imprevisíveis neste momento histórico, trazendo consigo muitas
incertezas, inclusive sobre o modelo educacional"
- "Dentro desta percepção e
perspectiva sócio-político-econômica, a tarefa dos educadores parece
especialmente difícil."
- " [...] o poder político e
ideológico sendo dominados pelo poder econômico e a cultura subjugada aos
condicionamentos da lucratividade das empresas, torna-se difícil definir o
ensino de línguas como um bem educacional e cultural, e parece bem mais fácil
apresentá-lo como um produto, uma habilidade necessária para a competitivdade
da globalização"
- "Precisamos inicialmente
perguntar como se define o Estado brasileiro - em seus diferentes níveis de
poder central, estadual e municipal. Uma análise superficial mostra um Estado
liberal - democrático - em que as decisões são tomadas nas assembléias de representantes,
senado e câmara a nível nacional e assembléias legislativas e câmaras
municipais a nível estadual e municipal, respectivamente. No entanto ao colocar
o foco da análise na prática política nacional vemos um Estado coercitivo em
todas as áreas da ação governamental e em todos os setores da vida nacional. Na
área educacional a realidade mostra um Estado autocrático (autoritário) em
todos os níveis[1]."
- "A discussão e aprovação
da última LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação - é um bom exemplo deste
autoritarismo. Depois de longas discussões e a penosa negociação de um projeto
educacional que os educadores fizeram com a classe política, o governo aprovou
uma proposta alternativa, introduzida na última hora, autoritariamente
negociada, rapidamente aprovada e sancionada pelo Presidente da República no
dia 23 de Dezembro de 1996."
- "Um outro exemplo do
Estado autoritário foi a metodologia utilizada na elaboração dos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Poucas pessoas foram
envolvidas, e quando este envolvimento foi ensaiado, os prazos de participação
foram tão exíguos que em quase nada puderam contribuir para sugerir mudanças
substanciais nos documentos propostos"
- "A constituição do CNE
(Conselho Nacional de Educação) é outro exemplo de como o Estado autocrático
ignora o poder ideológico (enfraquecido) em suas decisões, nomeando para o
Conselho pessoas não recomendadas e nem reconhecidas pelos educadores como
lideranças educacionais no país."
-"Percebe-se um Estado
contraditório; por um lado se procalam liberal em sua maneira de governar e em
sua maneira de interferir nos processos econômicos da sociedade, privatizando o
patrimônio nacional, isentando-se das obrigações do Estado, mas ao mesmo tempo,
mostra-se autoritário na maneira de lesgilar e como conduz o processo
educacional da nação."
- "As normas educacionais
propostas pelo governo deixam entrevar um Estado preocupado consigo mesmo, mas
não preocupado com o bem estar de seus cidadãos, com os moradores da polís."
- "A sociologia nos ensina
que as mudanças estruturais, sociais e mesmo mudanças educacionais somente são
possíveis na medidade mque se construa uma vontade coletiva na direção destas
mudanças. Como se constrói essa vontade coletiva, esta homogeneidade na
comunidade responsável pela educação, por exempplo, e mais espeficiamente na
comunidade dos linguísticas aplicados e professores de línguas?"
- "Gramsci (Apud Countinho,
1989) nos ensina que a mudança somente é possível se houver a agregação das
forças: os intelectuais tanto orgânicos (próprios do grupo social específico -
os professores de línguas) quanto tradicionais (os pesquisadores da linguagem)
trabalhando na mesma direação"
- "No caso do ensino de
línguas e literaturas estrangeiras é preciso que os pesquisadores e professores
de universidades (pessoas detentores do poder ideológico), associações de
classe- através de seus dirigentes e grupos de associados, coordenadores de
ensino a nível estadual, municipal e de escolas públicas e privadas e finalmente
todos os professores (de onde surgem os intelectuais orgânicos) estejam
engajados na busca dos mesmos objetivos."
- "[...] podemos concluir
que uma política de ensino de línguas será bem sucedida na medida em que:
1. Haja uma boa circulação de informações
e de decisões entre os diversos "estratos" (intelectuais) que
participam da política de ensino - entre professores e pesquisadores
particularmente;
2. Os processos decisórios não
forem repressivos e conservadores, mas progressistas e democráticos buscando
claramente elevar o nível de participação e a qualidade desta participação
entre os membros;
3. Os participantes do grupo se
sintam deliberadores e não meros executores de tarefas e normas prescritas
pelos intelectuais tradicionais ou instituições"
O
QUE EU APRENDI COM ESSE TEXTO?
Com o status de língua
internacional ou língua franca, é fácil notar a Língua Inglesa (LI) como aquela
língua que toma total importância e útilidade na vida das pessoas, dos
diferentes tipos de falantes, sejam estes que usam a LI para fins comerciais,
profissionais, ou quaisquer outros fins. Levando em consideração sua posição,
seria óbvio evidenciar que uma língua com tamanha utilidade seria considerada
de suma importância por todos, não?
Esta última pergunta feita é bem
difícil de se responder pelo fato de estarmos tratando de linguagem, eu
pessoalmente achava que ao se tratar de línguas não deveria me preocupar com o
assunto "política", no entanto, com leituras (inclusive esta feita
aqui) pude compreender que ao se tratar de linguagem, está se tratando de um
mecânismo condutor de ideologia e de poder.
Com efeito, já estamos discutindo
sobre algo totalmente diferente, algo diferente de "inocentes"
palavras e frases, a linguagem carrega com si cultura, identidade, enfim,
vários fatores muito importantes para a humanidade que representam o seu passado
e sua história, e ainda podemos notar como a linguagem foi, é, e estará sendo
usada para quem detém maior força sobre ela.
E como isso se relaciona com o
assunto de ensino de Línguas Estrangeiras (LE)? Conforme o autor, o Estado está
consciente da posição que a linguagem toma e se encontra em vantagem para usar
dela para seus próprios interesses. Com isso, já podemos notar que ao se tratar
de língua ou linguagem, temos vários outros fatores por trás que faz com que o
Estado se torne em uma posição menos amigável com o ensino de LEs.
Tendo isso em conhecimento,
cairia essa responsabilidade na mão dos professores e pesquisadores de lutar
por essa liberdade de ideologia e poder que uma língua ou literatura
estrangeira pode carregar com si. Não se trata mais de simplesmente
"executar" tarefas conforme diz o autor, são deveres maiores ainda.
Quando se encontram
possibilidades para que os reais responsáveis que cuidam da linguagem, é
necessário que se tenha uma ampla comunicação entre si, sejam intelectuais ou
não, sejam estes dentro ou fora da academia, e é importante para que o Estado
mantenha uma posição menos agressiva e que não tome uma posição totalmente
dependente em seu próprio interesse.
Enfim, um poder tão importante
como este deve ser defendido de todas as formas, para que ele seja realmente de
acesso à todos, e não de controle exclusivo ao Estado que conceda apenas uma
parcela desse poder ou mostrar apenas um ângulo, enquanto ainda temos chance,
enquanto ainda podemos pesquisar, é importante continuar na luta para oferecer
um ensino de LE totalmente aberto e de qualidade.
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FICHAMENTO
05: Por Maria
Izabel Araujo Cavalcante.
CELANI, M. A. A. Ensino de Línguas Estrangeiras. Ocupação ou
Profissão. In: LEFFA, V. J. (org) O Professor de Línguas Estrangeiras.
Constituindo a Profissão. p. 21-37. Pelotas: Educat, 2001.
"(...) o professor de
línguas estrangeiras seria um graduado com habilidades para manusear o
conhecimento de maneiras definidas, através de uma prática reflexiva,
construída ao longo de um processo, com base em uma visão socio-interacional
crítica da linguagem e da aprendizagem; um profissional envolvido em um
processo aberto de desenvolvimento contínuo, inserido na prática, e não
derivado de um método ou de um modelo teórico." (p. 21)
"A atividade do professor é
certamente atividade especializada, da qual milhões de brasileiros tiram, ou
procuram tirar, os meios para a sua subsistência; requer preparação especial
(...)." (p. 22)
"Educar não é apenas um ato
de conhecimento: é também um ato político." (p. 22)
"(...) o profissionalismo -
representa um válido "conhecimento-no-uso", que é o resultado de um
número imenso de experimentos em tempo real em pensamento e ação. Assim, a
prática profissional competente constrói-se em torno do
"conhecimento-na-ação" e seu desenvolvimento depende da
"reflexão-no-uso". (Schön, 1987)" (p. 23)
"Na visão positivista de
educação, o conhecimento é entendido como resultante da pesquisa, desenvolvida
por alguém que não o professor, dentro de rigorosos padrões científicos,
generalizável e aplicável a qualquer situação, enquanto que na visão reflexiva
a imprevisibilidade das diversas situações da sala de aula faz com que o
conhecimento seja questionado a cada momento e seja reconstruído a partir da
reflexão." (p. 26)
"Estamos atuando na área do
desenvolvimento de valores, de posicionamento na sociedade, no mundo. Estamos
atuando na área da preparação para a vida. Há muito mais envolvido do que a
simples prestação de um serviço, que é remunerado." (p. 27)
"Se o profissional de
ensino, especificamente o de língua estrangeira, que queremos deve ser antes de
mais nada um educador, isto significa que, a partir da capacitação na área de
especialização, no nosso caso a língua estrangeira em questão, o professor deve
se ver como alguém que tem um compromisso com seu aluno, com a sociedade e
consigo mesmo." (p. 33 - 34)
"Isto envolve, por exemplo,
trazer a cultura da mídia e da tecnologia para a sala de aula, o que é
particularmente relevante no ensino de língua estrangeira." (p. 34)
"O objetivo moral é a
espinha dorsal que dá suporte aos outros requisitos. Sem ela tudo desmorona. O
professor de línguas estrangeiras do futuro não poderá ser um indivíduo isolado
dos colegas de profissão e da comunidade em que está inserido." (p. 36)
"Não há educação sem amor;
quem não é capaz dc amar os seres inacabados não é capaz de educar. (Freire,
1979, p. 29)" (p. 37)
O
QUE EU APRENDI COM ESSE TEXTO?
Após a leitura deste recorte de
texto, não é difícil começar a enxergar o professor com outros olhos.
Geralmente tem-se a visão de professor como um profissional que simplesmente
entra na sala de aula, passa o conteúdo, corrige questões, sana dúvidas e então
vai embora, para casa ou apenas recomeçar o processo em outra sala de aula.
Entretanto, o professor não deve ser alguém que simplesmente pega a teoria em
se baseia em uma única ideia fixa para passá-la a seus alunos.
Ele deve refletir sobre como
fazê-lo, sobre qual será o melhor caminho para que o entendimento do aluno seja
o melhor possível e criar um dinamismo entre matéria e aluno, buscando sempre
facilitar este processo. Para isso, claro, o professor necessitará sempre de
uma boa base e preparação para que esteja apto de exercer seu papel da melhor
forma.
Deve-se experimentar técnicas,
arriscar meios novos para que se consiga manter uma interação o mais abrangente
possível entre professor e aluno, sempre se aprimorando com a necessidade que o
ambiente e que o momento pede. O questionamento de si mesmo e de seu método
deve sempre estar em pauta, bem como saber alterá-lo se for preciso.
E mais que apenas uma pessoa que
está lá para ensinar sobre alguma matéria específica, o professor é um dos
profissionais que tem papel fundamental na construção da consciência de seus
alunos e de como eles reagirão ao que virá pela frente em seu futuro,
preparando-os não apenas para saberem um conteúdo, mas principalmente para
saberem como utilizá-lo e inseri-lo em seu mundo.
A dedicação deste profissional,
logo, deve ser total. Sempre buscando adquirir o melhor conhecimento, mostrando
assim um respeito mútuo a seu aluno, como se o certificasse de que estará
recebendo um ensinamento completo e de qualidade, que abrange suas necessidades
específicas.
Outro ponto, novamente sobre a
procura dos melhores meios para um ensino completo, é tentar inserir a
tecnologia e diversas mídias na sala de aula. Como trazer recortes de filmes,
músicas, notícias de jornais, principalmente sob o contexto do ensino da língua
inglesa a uma turma de ensino fundamental e médio. Deve-se utilizar disso para
envolver o aluno na matéria e relacioná-la a seus gostos, talvez, pessoais e ao
que ele está acostumado em seu dia-a-dia. Uma carta na manga que não pode
faltar a um professor.
E tudo isso só poderá acontecer
isso se houver a visão de que você não está isolado em seu ambiente de
trabalho. Há todo um corpo escolar de funcionários, outros professores, alunos
e até pais que merecem sua atenção e reflexão sobre como você pode trabalhar
com o que tem ao seu redor para melhorar a forma com a qual passa seu
conhecimento àqueles que necessitam dele.
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